sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Uma aventura no arquipélago - Volume VI

Após o começo das aulas, era o nosso 1º fim de semana.
A minha faculdade preparou uma ida ao arquipélago, situado ali junto ao mar como quem vai para as ilhas.. No entanto, a Nathalie - canadiana - combinou com uma amiga ir até ao arquipélago e perguntou cá aos rapazes de casa se não queriamos ir também e tal..e a gente disse que sim, até porque provavelmente os iriamos encontrar lá (o que acabou por acontecer só no fim, mas pronto).

Aquilo é feito assim:
Há um ou dois barcos (preferia comboios, mas pronto..ainda não fizeram carris! país atrasado..bah!) a fazer o percurso entre as principais ilhas do arquipélago, que por sinal estão habitadas, sobretudo por casas que as pessoas usam para passar uns tempos durante as férias e tal.

Partimos de manha para ver se aproveitavamos o facto de estar um sol fantastico para passear. De facto foi o melhor dia desde que cá cheguei. Sol quentinho todo o dia! Maravilha!
Apanhamos o trem e andamos umas miseras 18 estaçoes até chegar à ponta da linha onde se apanhava o barco para as ilhas. Muito bom foi o facto de o barco contar como um transporte público, ou seja, se ja tivessemos cartao de trem, dava para andar no barco na boa.

Saímos na segunda paragem do barco, numa ilha que nos pareceu bastante grande para darmos uma volta durante umas duas horas e tal..
À saida do barco havia um spot onde a gente andou a ver se dava para alugar bicicletas, mas não havia nenhum lugar a quem pudessemos arrendar.. Depois é que lá vimos como funcionava o sistema: era por telemovel! Mandava-se uma msg e recebia-se outra depois mandavamos outra para efectuar o pagamento do alugar. Depois recebia-se o codigo para desbloquear as rodas e andar. O problema é que eramos 5 e por isso teriamos de desembolsar 5x160 coroas, tudo vindo do saldo dos telemoveis...seguimos em frente, claro!
Chegados ao fim até concluimos que foi melhor assim..podemos andar a vontade sem ter vigiar as bikes e pudemos escalar as rochas que queríamos e tal...foi melhor assim.

A ilha era fantastica..extremamente verde e muito harmoniosa. Tinha era vento que minha nossa! Mesmo deitados era cada rabanada que mais valia ficar de pé..
Passou-se muito bem aquele dia. Apanhamos o barco de regresso lá para as 4 onde nos cruzamos no fim com os de Handels.

Podem comprovar que foi realmente muito fixe nas fotos...e também qeu havia vento pra dar e vender..agora que penso nisso, bem que podia ganhar umas coroas com isso! Ainda por cima aqui na Suécia dá para comprar comida!!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Será "João" assim tão dificil?

Desde que cheguei à Suécia que me deparei num handicap que a maior parte do Mundo tem: não conseguem dizer o meu nome!! Na altura de conhecer as pessoas, eu já pergunto primeiro se elas preferem que eu diga o meu nome em português e elas dizem logo "claro que sim, claro que sim!" e eu pronto, ca vai disto: "João"! A conversa típica desenrola-se depois assim:
- "Joan".
Sorrindo a pensar (este/esta também não vai chegar lá, mas vamos tentar)
- No no...it's João, with a tilda above the 'a'.
- Oh! ok! "Joano"! (abano a cabeça para os lados) "Juan"!
- No, I am portuguese, not spanish!
Acabo por rir sempre que aparece uma forma estranha do meu nome..

Depois de a pessoa se aperceber que ainda não chegou lá eu digo que não faz mal e no fim acabo por dizer a versão inglesa John e elas exclamam logo: "Oh! John! It's much easier!"

Mais fácil nada!! João é muito mais bonito e além disso parece gozar agora de uma especie de nome raro no mundo, porque ninguem o consegue dizer, ao contrario das suas versoes noutras linguas: Giovanni, Johan, Jean, Juan, etc etc...
No entanto, continuo na busca de alguma cultura que consiga reproduzir o ã, além da portuguesa claro.

domingo, 6 de setembro de 2009

Regresso às aulas

No dia 20 de Junho fiz o meu último exame do meu 2º ano.
Eis que após uns tempinhos de relaxamento volto à carga, desta vez bem longe do ambiente da Nova e com novas disciplinas.
Aqui na Handelshögskolan o semestre é dividido em 2, pelo que tenho duas cadeiras de cada vez, em dois trimestres: o 1º já começou e vai até à primeira semana de Novembro e o segundo vai desde essa data até acabar o semestre de Outono, a 18 de Janeiro.

1º Trimestre: HEME (História Economica Moderna da Escandinávia) e Management & Leadership são as cadeiras que vou ter. Tenho exames a 23 Outubro e 2 Nov, respectivamente.

2º Trimestre: Comportamento individual e política económica; Economia Internacional e Mercados Financeiros. Ainda não tenho datas de exames.

Aqui na Suécia as coisas são organizadas de forma estranha (isto para não dizer que podiam ser mais organizadinhos, coitadinhos). Todas as semanas o meu horário muda: muda a sala, a hora, a duração e às vezes de professor também, de maneiras que todos os Domingos tenho que fazer um refresh da semana que vou ter pela frente. Enfim..como diria o gordinho: "Estes suecos são doidos!"

Mas adiante...os professores que tenho são incrivelmente competentes, sobretudo a de mestrado o que nem me espanta muito pois a faculdade onde estou até é boa! (eheh..) E eles não pagam propinas. A aula de história a creio ter 100% de alunos Erasmus, por isso se o meu inglês me trair vou pensar no inglês cómico que a maioria dos franceses têm e passo a sentir-me melhor.

Já a aula de M&L é ao contrário...não tem quase Erasmus nenhuns. Tem alunos estrangeiros mas é a fazerem intercâmbio de mestrado, pois trata-se de uma cadeira de mestrado. Impressiona é a forma brilhante como a cadeira está programada: tudo muito bem pensado, com objectivos mais que definidos e que desde o início a professora os procura por em prática e passá-los de forma eficiente aos alunos: agora sim, a milhas de distância da Nova (falo no geral e pelo menos até agora). É uma cadeira que vai dar imenso trabalho mas é fascinante. Tem trabalhos de grupo e trabalhos individuais. Eu por acaso tive a sorte de calhar num grupo bastante bom...vamos ver no que dá, mas acho que vamos sair dali a saber muito mais, sobretudo porque a professora começou desde já a promover o choque de culturas, isto é, os aspectos que vamos abordar, vão ser discutidos não só na óptica sueca mas também olhando um bocado para os países representados na aula.

A próxima semana promete!